Copa Mundo: como aproveitar a competição com os cães sem estresse?
Fogos de artifício e outros artefatos típicos da comemoração podem causar uma série de transtorno aos animais
Ao redor do mundo, os apaixonados por futebol estão ansiosos para o início da Copa do Mundo, que neste ano será realizada no Catar. Mas, você sabia que o evento que é marcado pela competição entre as melhores seleções mundiais pode ser um desafio para os tutores de cães?
Assim que a bola começa a rolar pelos campos é comum ouvir fogos de artifício, biribinhas, rojões e bombinhas que são utilizados pelos torcedores durante a transmissão dos jogos. “Os cães têm uma audição quatro vezes mais potente que a dos humanos. Por isso, sons altos, como o estrondo dos artefatos ou mesmo as cornetas, são extremamente incômodos para eles e causam uma série de reações de fobia no animal”, detalha a médica-veterinária e gerente de produtos da Unidade de Pets da Ceva, Nathalia Fleming.
Os sons intensos dos fogos ou demais artefatos são associados pelos cães como um acontecimento anormal e isso desperta a sensação de medo que, por consequência, desencadeia uma de desconfortos como, taquicardia, tremores, vocalização excessiva, micção involuntária, entre outros. “A intensidade dos sintomas irá depender do grau de fobia do cão. Alguns apresentam comportamento de fuga ou tentam se esconder no ambiente, comportamentos que podem gerar acidentes, especialmente se o animal estiver sozinho no ambiente. Em casos de fobia extrema o medo pode levar o animal a óbito”, explica Nathalia.
Além dos impactos ao bem-estar do animal, existem outros riscos envolvidos com a explosão dos artefatos que podem, por exemplo, causar danos à audição dos cães. “O estrondo dos fogos muito próximo ao animal é capaz de proporcionar ruptura ou laceração do tímpano. Por isso, é fundamental manter os cães protegidos e distantes destes tipos de itens”, conta Nathalia.
Algumas medidas, como alocar o cão em um local aconchegante e seguro e oferecer brinquedos e petiscos, podem ajudar a minimizar o problema, pois são medidas que irão desviar a atenção do animal do barulho. “É importante que neste momento o tutor tente distrair o animal levando seu foco a outra atividade, como uma brincadeira ou momento de interação entre eles”, explica Nathalia.
Outra dica importante é fazer associações positivas com o som. O ideal é que o processo seja feito ao longo da vida do animal. “Quando o animal é filhote ele está mais aberto a novas descobertas. É nesta fase que o tutor pode começar a criar as associações positivas com os sons de fogos, desta forma o jovem animal entenderá o barulho como algo “normal” dentro da rotina”, explica.
Os tutores também podem utilizar um análogo sintético do odor materno canino, como o Adaptil®. O item auxilia na adaptação dos cães em situações adversas do dia a dia, trazendo a sensação de segurança, conforto e bem-estar. O produto pode ser utilizado no ambiente para auxiliar o cão durante esse momento desafiador e é recomendado por veterinários e especialistas em comportamento animal.
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