Ilha da Fatec oferece oportunidade de negócios a empresas e alunos durante a FEBRAVA



Mais do que expor os trabalhos acadêmicos dos seus alunos, a participação das unidades Franco da Rocha e Itaquera da Fatec (Faculdade de Tecnologia) na 21ª Febrava (Feira Internacional de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação, Aquecimento, Tratamento de Ar e de Água), também serviu para estabelecer contatos que podem render projetos em conjunto com os expositores, vagas de estágios e até empregos para os universitários.

“O nosso trabalho é o de atuar em conjunto com as empresas. Precisamos mandar para eles pessoal qualificado para auxiliá-los. Em contrapartida, precisa do apoio dessas empresas para que elas nos digam quais são os problemas que a gente pode envolver os alunos e resolvê-los”, afirmou Anna Cristina Barbosa Dias de Carvalho, professora e pesquisadora da Fatec Itaquera e Fatec São Bernardo.

A Ilha da Fatec na Febrava ocupou 160m². O espaço recebeu palestras sobre temas como novas tecnologias de automação, melhorias das práticas de refrigeração, eficiência energética, indústria 4.0 e outros.  O objetivo foi o de mostrar o que é desenvolvido nas duas unidades da Fatec e também ouvir as empresas para saber o que é necessário melhorar na formação dos jovens.

Para Anna Cristina, ao travar contato com os executivos, os alunos simulam situações que viverão em breve em sua vida profissional. “Quando um aluno fala do que faz e o curso dele, precisa apresentar uma boa postura e ponderação. Na feira, eles lideram com gerentes e diretores, em uma simulação de algo que logo mais farão dentro das empresas. Também observam o processo de venda e de compra, a relação dos fornecedores, clientes. É muito bom para saberem como se portar”, afirma a docente.

Se para os feirantes o pós-venda é real e concretiza os negócios, para a Fatec a participação se reverte em futuras vagas de emprego. “Alguns empresários vieram falar comigo e disseram que precisavam de um perfil determinado de empregado. Aqui nós temos condições de atender a todos”, disse Anna Cristina.

Um diferencial da Fatec estar dentro da Febrava é o de poder desenvolver projetos personalizados. A professora cita o caso de uma empresa que pretende trabalhar com um ar-condicionado automotivo diferente. “Mesmo que a gente não trabalhe com determinado produto, podemos desenvolver em nossos laboratórios. Todo semestre os alunos precisam fazer um protótipo, é só o empresário querer testar com a gente. Talvez não possamos fazer tudo, mas temos a visão acadêmica e podemos chegar bem perto com quem detém a visão do mercado”, afirma. 


O uso da energia solar em climatização comercial é viável, segundo estudo do IFPE/UFPE

Num país tropical com calor e luz solares na maioria dos meses do ano o uso da energia solar na alimentação de sistemas de climatização parece ser uma boa ideia. E é, segundo o pesquisador e professor do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE), Gustavo Novaes Pires Leite, que apresentou um estudo que também é assinado pelos pesquisadores Álvaro Antonio Vila Ochoa, Franciele Wechenfelder, Alex Maurício Araújo.

Leite apresentou a palestra “Análise técnica e financeira de sistemas de climatização alimentados através de energia solar fotovoltaica: uma caracterização para as cinco regiões do país”, durante o XVI Conbrava - Congresso Brasileiro de Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação, Aquecimento e Tratamento de Ar, realizado pela ABRAVA durante a Febrava 2019, que terminou nesta sexta-feira (13/9).

“Os resultados mostraram que a utilização de sistema de geração fotovoltaica para climatização se mostrou viável em todos os casos estudados”, garante o pesquisador. “A taxa interna de retorno (TRI) média ficou entre 23,7% e 33,9%, o que é ótimo. Já o VPL – Valor Presente Líquido médio variou de R$ 652.891,00 e R$ 1.355.210,00, com um período de payback médio entre 3,5 e 5,4 anos, ou um terço da vida útil dos sistemas atuais”, afirma Leite.

O estudo foi feito no Recife, São Paulo, Goiânia, Porto Alegre e Belém. “E mesmo com a variação da radiação solar, constatamos que o sistema de utilização de energia solar nos sistemas de climatização comercial é viável tanto técnica como financeiramente”, garante Leite.



Projetos de laboratórios físico-químicos são multidisciplinares

Em sua palestra “Projetos de ar condicionado e ventilação de labotatórios físico-químicos”, realizada na Arena do Conhecimento, durante a Febrava 2019, o engenheiro Miguel Ferreirós afirmou que todo projeto dessa natureza é multidisciplinar, e deve levar em conta sobretudo o feedback dos profissionais.

“A aplicação de boas práticas de engenharia é mandatória para assegurar a proteção do trabalhador, do meio ambiente e do patrimônio”, afirmou o também vice-presidente da DNPC (Departamento Nacional de Empresas Projetistas e Consultores) da ABRAVA.

No conceito do profissional, diferentemente de outros espaços, os laboratórios físico-químicos são ferramentas de trabalho para controlar a contaminação durante as práticas do laboratório ou em eventuais acidentes decorrentes da manipulação de produtos químicos ou biológicos.

“Nós temos a responsabilidade de não provocar nesses funcionários nenhuma uma doença precoce. É fundamental a estabilidade. Não se pode em  uma hora estar com a temperatura de 25ºC, e, em  outra, de 24ºC”, disse.

Ferreirós debateu a respeito das normas regulamentares do setor, mostrou exemplos de projetos feitos de forma equivocada, e também lembrou por mais de uma vez a importância de entender o cliente. “Precisamos muito entender o processo do cliente. Estar perto dele e saber o que ele precisa”, afirmou


Sobre a FEBRAVA

A FEBRAVA conta com apoio de cerca de 30 associações dos setores alimentício, hospitalar, transporte, hospedagem, automotivo, distribuição, engenharia civil e mecânica, o maior número de parcerias já registrado em todas as suas edições. São esperados 25 mil visitantes qualificados entre atacadistas, compradores, consultores, distribuidores, engenheiros, instaladores, projetistas, técnicos e varejistas.

Os números do setor mostram a importância de se ter um evento que possa mostrar as novidades e também debater soluções viáveis. Para este ano, segundo levantamento da Abrava (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento), a previsão é de crescimento de 5% no faturamento, totalizando R$ 32,11 bilhões.
Nos últimos dez anos (de 2008 a 2018), o faturamento cresceu 61,8%, indo de R$ 18,9 para R$ 30,58 bilhões. Para 2019, a previsão é que os 4 setores (atendidos pela Abrava) voltem ao patamar de 2015 quando teve início a crise econômica no Brasil.


Eventos simultâneos
Em sintonia com as novidades tecnológicas que foram apresentadas pelas empresas durante a FEBRAVA, ocorreram o XVI Conbrava (Congresso Brasileiro de Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação, Aquecimento e Tratamento de Ar), a Arena do Conhecimento (espaço destinado para palestras gratuitas com profissionais do setor durante os 4 dias de evento), além do XIX Encontro Nacional de Empresas Projetistas e Consultores da Abrava, quando serão debatidos os temas de interesse do mercado na atual conjuntura econômica

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