BGS 2024 – Uma expectativa pessoal sobre o evento - Opinião do Jornalista Ubirajara Galvão

 


Enquanto para muitos, realizar um sonho é poder se casar ou viajar para fora do país, um dos meus era poder ir, pelo menos uma vez, na Brasil Game Show - BGS. Pode parecer um sonho fútil (e acredite, eu tenho muitos outros), mas para mim que joga videogames desde os quatro anos, era uma das coisas que mais queria experimentar na minha vida. Por sorte, e graças principalmente a um grande amigo e jornalista Carlos do Amaral, realizei esse sonho no ano passado.

A BGS é considerada a maior feira de games da América Latina e este ano completa seus 15 anos. Durante esse tempo a indústria de games no mundo cresceu, se tornando uma das áreas que mais geram renda no mundo e no Brasil, que está aos poucos ganhando espaço para desenvolvedores e criação de projetos. E como é de se esperar, enquanto os dias para o evento vão diminuindo, as expectativas só aumentam, e é aqui que vou dar uma opinião pessoal do que espero e o que gostaria que tivesse na edição deste ano.

Para começar, até a data que escrevo este texto, foram confirmados a presença dos atores Ned Luke e Shawn “Solo” Fonteno, que interpretam e dublam, respectivamente, os personagens Michael e Franklin em GTA 5, além também do ator Roger Clark, interpretou Arthur Morgan em Red Dead Redemption 2. A partir disso, penso que a Rockstar Games poderia aproveitar a chance para trazer um pouco do universo que está sendo criado para GTA 6, que será lançado em meados de 2025, e que trará novamente a cidade de Vice City para a franquia. Sei que é pedir ou sonhar demais, mas seria interessante talvez uma beta ou demo do jogo, exclusiva para quem comparecer ao evento, ou quem sabe um novo trailer. Acredito que essas empresas “grandes” devem começar a olhar para os eventos de games como uma forma também de divulgação. Segundo informações da consultoria Newzoo (2023), o Brasil é o décimo maior mercado de games do mundo, com mais de 100 milhões de jogadores. Em 2022, foram gastos 2,7 bilhões de dólares em games somente no país.

Outra coisa que espero muito é o retorno da Microsoft e da Sony ao evento. Nenhuma das duas esteve presente ano passado e ambas possuem franquias maravilhosas. A Sony poderia voltar trazendo novidades do futuro Death Stranding 2, ou um estande com amostras de alguns já lançados, como Astrobot e o tão falado Black Myth: Wukong. Quem sabe também não revelar mais detalhes do novo modelo do Playstation 5.

A Microsoft possui muitos jogos que estão sendo lançados este ano diretamente no GamePass, além de futuros lançamentos para o ano que vem. Um estande mostrando essas novidades seria bastante interessante, principalmente para aqueles que se interessam em conhecer os serviços de assinatura. Além disso, poderiam também abrir espaço para demonstrações de futuros jogos, como Fable, Frag Punk, Mecha Break, Sleight of Hand, entre outros.

Já a Nintendo, que teve um estande maravilhoso no ano passado, possui alguns títulos interessantes que podem ser levados para o evento, como Zelda: Echoes of Windom, Super Mario Party, Mario e Luigi Brothership, Pokemon Legends: Z-A e Metroid Prime 4.

Acredito que nesta edição da BGS também vai haver espaços para que os visitantes conheçam jogos de peso que estão saindo ainda este ano, como é o caso de jogos como Star Wars: Outlaws e Assassins Creed: Shadows, ambos da Ubisoft, que também estava presente ano passado. Creio muito que Dragon Ball: Sparking Zero (sucessor espiritual da franquia Budokai Tenkaichi) também esteja presente, assim como Harry Potter: Quiddict Champions.

Há outros títulos e franquias que também adoraria ver no evento, mas muito provavelmente não estarão presentes. Futuros games como Marvel: Rise of Hydra (protagonizado pelo Capitão América e Pantera Negra), Doom: The Dark Ages, Fatal Fury: City of the Wolves, Little Nightmares 3, Monster Hunter: Wilds e Resident Evil 9 são alguns que amaria ver tendo um espaço e um reconhecimento do público na BGS. Infelizmente, como havia dito, grandes empresas ainda não reconheceram a importância e a proporção desse evento no Brasil. A era digital ganhou mais destaque nos últimos anos, mas isso proporcionou comodismo para a maioria das empresas, que preferem fazer eventos menores e digitais, do que dar o trabalho de proporcionar uma experiência positiva às pessoas.

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