Fernanda Paes Leme e Giovanna Ewbank estrelam capas de dezembro da Glamour Brasil

 


Fenômenos nas redes sociais, as apresentadoras do “Quem Pode Pod”, Giovanna Ewbank e Fernanda Paes Leme compartilham como a amizade delas foi construída, além de assuntos mais pessoais de ambas. Giovanna fala sobre maternidade e preconceito racial, enquanto Fernanda comenta sua relação com a maternidade após a perda gestacional, além de falar sobre seu noivado com o empresário Victor Sampaio. 

Seguem os melhores trechos das entrevistas abaixo.

Créditos da foto: Thaís Vandanezi

Glamour: Como tem vivido a maternidade?

Giovanna Ewbank: Ser mãe de três é uma loucura, mas é a minha melhor função nesta vida. Eu não sonhava em ser mãe, sempre achei que precisava conquistar coisas antes. Hoje, se fosse escolher uma coisa só para fazer pelo resto da vida, seria ser mãe. Aprendo muito com o amor, a ingenuidade e a força que eles têm, vejo o meu crescimento através deles. Além das tarefas do dia a dia, eles têm demandas diferentes emocionalmente: uma menina preta, um menino preto e um bebê branco. O amor é o mesmo, mas demandam focos distintos.

Glamour: Como enxerga o racismo sob essa ótica?

Giovanna Ewbank: A luta da minha família contra o racismo foi acontecendo conforme entendi o que é o racismo. Antes da Titi e do Bless, eu não sabia o que era. Comecei a perceber o quanto ele está nas pequenas coisas do cotidiano: um olhar, um gesto. Não é apenas o xingamento ou a agressão. Me culpo muito por não ter visto o racismo antes na minha vida, não ter combatido, não ter enxergado. O racismo é algo com o qual minha família terá que conviver. Meus filhos foram transformadores na minha vida.

Glamour: Você relatou uma perda gestacional, como enfrentou o episódio?

Fernanda Paes Leme: Foi em outubro do ano passado. Eu usei DIU por muito tempo, mas optei por tirar porque o método aumentava o fluxo, me dava muitas cólicas. Um mês após a retirada, não menstruei. Resolvi fazer o teste. 45 dias depois, tive um sangramento. Foi uma barra quando perdi, e este ano foi muito difícil, pessoal e emocionalmente falando, me encontrei com vários demônios. Eu não achei que fosse me abalar tanto com a perda. Descobri que realmente queria ser mãe ao ver o sangramento. E agora? Não tentei mais. Não consegui. Precisei ver que as coisas não estavam tão boas em mim. Eu quero ser mãe e, de alguma forma, eu serei, pode ter certeza.

Glamour: Como recebeu a reação em torno do noivado?

Fernanda Paes Leme: Quando meu nome é mencionado, a associação à palavra “solteira” é muito curiosa. Quando postei que estava namorando o Victor, uma enxurrada de mulheres escreveu nos comentários “até que enfim”, o que levei como brincadeira. Foi uma surpresa o pedido de noivado. Nunca me imaginei com um anel no dedo, seguindo regras sociais. A sociedade e a família de um certo modo me pressionavam. Mulher sofre, ninguém faz essas perguntas aos homens. E eu por ser muito contra isso, repeli alguns assuntos... Por exemplo, congelamento de óvulos é um deles. Passei um ano fazendo, mas já tinha poucos folículos.

Glamour: Como você e a Giovanna se conheceram e quando firmaram, de fato, a amizade?

Fernanda Paes Leme: O começo dessa amizade tem um nome: Bruno Gagliasso, de quem sou amiga há muitos anos. Foi naquele momento em que o amigo se apaixona por uma menina e você automaticamente começa a tratá-la bem... Em um dos meus aniversários, na casa dele, ele me pediu para convidá-la. Giovanna não era minha amiga, éramos colegas de trabalho. Eles começaram a namorar, eu estava com o Thiago Martins. Quando terminei, o Bruno acabou se afastando de mim, tivemos algumas brigas, fiquei muito tempo sem falar com ele. Com a Giovanna, não sei exatamente a data, mas viramos amigas vários anos depois, tivemos muitos momentos de altos e baixos. Eu tive certeza de nossa amizade ao ser convidada para ser madrinha do Bless (segundo filho de Giovanna com Bruno). O convite foi o momento-chave.

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