Fenalaw traz ao meio jurídico tecnologia de ponta

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O maior evento da América Latina apresentará cases de sucesso e terá a presença do ministro Luís Roberto Barroso, do STF

São Paulo irá sediar, de 19 a 21 de outubro, a Fenalaw 2022, o maior evento de inovação, gestão e tecnologia focado no mundo jurídico da América Latina, que contará em sua abertura com as presenças do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, e da presidente da OAB-SP, Patrícia Vanzolini.

Durante a Fenalaw haverá oito salas simultâneas de palestras e debates, com mais de 300 palestrantes, e a apresentação de inovações tecnológicas no Judiciário, como a implantação do projeto-piloto do metaverso na Justiça do Trabalho de Colíder-MT, iniciativa adotada também por escritórios de advocacia de SP. Serão apresentados, ainda, cases da Disney, Petrobras, Nestlé, Infraero, Santander, entre outros.

Pironti Advogados é um dos escritórios que implantou o metaverso. Veja, a seguir, a entrevista com o sócio-fundador do escritório, Rodrigo Pironti, que participará da plenária Metaverso: o que o Judiciário tem a ver com a nova realidade?, no dia 20, das 9h às 10h30. O evento será realizado no Centro de Convenções Frei Caneca, no Shopping Frei Caneca, em São Paulo (SP).

Como e em quais circunstâncias o escritório aplica o metaverso?

Temos uma sala de reuniões e apresentações em ambiente virtual, onde advogados e clientes podem fazer testes imersivos nesta nova realidade. É um espaço específico no escritório para isso.

Como e quando se desenvolveu a transformação digital no escritório?

Duas foram as razões para a transformação digital do escritório, a primeira tem relação direta com o reposicionamento de nossa visão, missão e valores, que possuem como ponto central a inovação tecnológica e de relacionamento com o cliente. A segunda razão passa pelo crescimento da estrutura física e de atendimento corporativo do escritório, momento em que sentimos uma real necessidade em investir em tecnologia, não apenas para otimização das demandas internas, mas para melhorar a experiência do cliente e uma maior interação como nosso público externo.

O que foi preciso mudar para que o escritório se estruturasse para a implantação dessas tecnologias?

Há uma natural e necessária mudança de cultura. Todos os colaboradores e clientes precisam estar abertos a esse novo mindset. A advocacia é um mercado muito tradicional e, ainda que não avesso completamente à inovação, tende a ser mais refratária a algumas rupturas aos padrões clássicos existentes.

Houve aceitação dos clientes e adaptação dos advogados e funcionários?

Total. Iniciamos esse processo com muito diálogo e integração. Nenhum passo foi dado sem que houvesse uma preocupação constante com a adaptação de todos e a conexão com a realidade na qual estávamos inseridos. Entendo que, para que a inovação seja sustentável dentro de um escritório, deve passar pela ideia de um processo dialógico e democrático, respeitando o momento e o modelo de negócio.

Segundo estudo da FGV, a Inteligência Artificial (IA) já está presente em metade dos tribunais brasileiros. Essa é a realidade também presente na advocacia, indistintamente? Pequemos e médios escritórios conseguirão se adaptar e sobreviver?

Entendo que é um processo evolutivo, natural e necessário. Talvez boa parte dos escritórios (e o próprio Judiciário) não esteja preparada ainda para uma avaliação mais concreta de quais são os parâmetros necessários a uma IA eficaz no mundo jurídico, mas, seguramente, é um caminho sem volta. Como em todo processo de evolução tecnológica, haverá os escritórios que estarão mais presentes neste desenvolvimento e outros que se adaptarão a essa nova realidade como puderem, mas não vejo esta inovação como um processo excludente e predatório, capaz de sepultar pequenos e médios escritórios. A inovação deve ser inclusiva.

https://conteudo.fenalaw.com.br/home-fenalaw-2022

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