Cães de estimação aumentam práticas de atividades físicas entre crianças, aponta estudo

 


Se você sofre de preocupação pela ociosidade do seu filho, considere a ideia de arranjar um cachorro de estimação. Pode parecer brincadeira, mas um estudo realizado pela Universidade da Austrália Ocidental, e que acaba de ser publicado pela revista científica International Journal of Behavioral Nutrition and Physical Activity, mostra que o convívio diário com os cães de estimação faz com que crianças entre 2 e 7 anos de idade realizem mais atividades físicas.

Os pesquisadores acompanharam as atividades físicas de 600 crianças no período entre 2015 e 2021. Deste grupo, 307 307 não tiveram cães em casa ao longo desses anos; outras 204 tiveram cães durante todo o tempo da pesquisa; 58 passaram a ter um cão e 31 tiveram um cachorro que morreu durante o período pesquisado. O resultado é relevante: as meninas que tinham cães realizaram em média oito atividades físicas a mais por semana em comparação com aquelas que não tinham o pet. Já entre os meninos, a diferença foi de sete atividades físicas por semana.

“Esse resultado, na verdade, ajuda a reforçar as conclusões já obtidas em muitos outros estudos, desenvolvidos inclusive no Brasil, que mostram que ter um cão de estimação oferece benefícios não apenas físicos, mas também mentais”, explica Simone Cordeiro, da Au! Happy, empresa especializada em planos de saúde para pets. “São tantos artigos em publicações científicas que já tornam possível cravar que os cães de estimação, para não dizer os pets de maneira geral, fazem bem aos humanos”, acrescenta.

No estudo recém-divulgado, isso fica ainda mais claro quando se observa a mudança comportamental do grupo de crianças que não tinham cachorro inicialmente, mas depois adquiriram um. Com a chegada do pet, elas passaram a fazer em média sete exercícios a mais por semana em relação a antes. As meninas, em particular, realizaram 52 minutos diários de atividades físicas. Entre as crianças cujos cães morreram durante a pesquisa, a redução do tempo de atividade também foi perceptível.

“Há uma relação com os cães que torna a vida das pessoas significativamente mais ativa. É uma parceria, e a própria natureza dos cachorros, que é mais agitada, exige que os tutores se movimentem mais”, sugere a diretora-comercial. “Isso leva a uma outra percepção: é preciso que o vínculo seja recíproco. Os cães oferecem toda essa melhora física e psicológica, mas é preciso também atender às suas necessidades”, defende.

Segundo Simone Cordeiro, da Au! Happy, a relação deve ser vantajosa para a família, mas também para o animal. “Não basta ter um cachorro ou outro pet e usá-lo como um objeto, um instrumento de saúde da família. Ele sente e oferece amor, mas isso passa também por proporcionar saúde e proteção a ele. Ou seja, levá-lo periodicamente ao veterinário, aplicar as vacinas importantes, levar para passear, oferecer ração de qualidade. Esse amor deve ser literalmente saudável pra todo mundo”, afirma.

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